quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Crise no coração do capitalismo


O que parecia ser uma falência normal de um banco nos EUA transformou-se numa crise sem precedentes que já atinge os principais mercados financeiros do mundo.
Contudo, poucas pessoas percebem na verdade o que se passa, ou ao menos o que despoletou tal crise. Vai aqui o meu apelo aos nossos economistas de plantão, aos docentes das faculdades de economia para promoverem palestras a fim de explicar o que na verdade se está a passar.
O presidente do Brasil, o Lula, desafiou o seu ministro da fazenda a explicar a população, leia aqui. Eu também acho que os nossos governantes deveriam sair a rua e dizer aos correntistas se vale a pena continuar a confiar nos nossos bancos, afinal as suas sedes na Inglaterra já estão a quebrar.
Leia aqui algumas considerações ao que já se apelida de "Crise estrutural do Capitalismo". Obrigado ao Dr. Carlos Serra pela referência.
Quem não deve estar a apanhar sono é o candidato republicano a Casa Branca, John McCain, que vê o seu rival, Barak Obama subir nas pesquisas.
Apesar dos pesares, eu ainda acredito na força reestruturante do capital e do capitalismo. Aliás, já foi submetido a um teste maior quando se esperava que o socialismo e depois o comunismo superariam a estrutura capitalismo. O que se viu foi uma reformulação do próprio capitalismo, integrando as demandas sociais e esvaziando, assim as propostas socialistas.
Portanto discordo de algumas ideias propostas por Pedro Carvalho no seu artigo. Acredito na reestruturação das actuais relações de sociais e de poder e, por via disso, talvez falemos em superação.

2 comentários:

Chagas disse...

Meu caro, prazer pelo teu blog.
Pela informção que acessei, não foi a falência de um banco que criou a crise, a crise a muito que existe, simplesmente as falências de pelo menos 14 bancos nos EUA este ano em em particular da Leymam brothers tornou visível o que alguns circulos já discutiam. Pos a nú as perfídias de Wallsteeet com as usas especulações. Infelizmente este tempo também permitirá o ressurgir de alguns ortodoxos marxistas mais cegos, e fascistas mais empolgados e não menos cegos, cada um a ver como uma oportunidade para o avanço das respectivas agendas de controlo total da economia. Para mim há muito mais do que Wallsteet na jogada. Muito mais que só alguns têm a coragem de aceitar.

Unknown disse...

Concordo consigo! Que o Leyman Brothers foi apenas o estopim da crise